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18 May 14:32

How Patrick Nagel prints (and crude imitations) came to haunt America's hair salons

by Devin Nealy

The brilliant YouTube channel, Nerdwriter1, explains the origins of those captivating paintings of pale women which adorn the walls of almost every hair salon in the country.

Art is timeless. Even if art is created to capture the zeitgeist of its era, there's an eternal quality to most great works of art. — Read the rest

18 May 03:50

Is sick humor dead?

by Bob Knetzger

American Bystander brings you Michael Gerber's excellent essay on sick humor. Gerber reflects on the recent death of "sick" cartoonist Sam Gross and the rise (and fall?) of the genre explored by Lenny Bruce, Mad Magazine, David Letterman, and Ren & Stimpy. — Read the rest

18 May 03:43

Cruelty to Colin Jost Is the Secret to Sarah Sherman’s ‘SNL’ Success

By Matt Solomon Published: May 17th, 2023
18 May 03:41

Autores de Terror: Como Assustar Seus Leitores

by valeriaolivetti

Este artigo é de autoria de Philip Athans e foi publicado originalmente no site The Write Life:

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Se você estiver escrevendo terror, fantasia sombria, mistério ou qualquer outra coisa que requeira suspense, um bom susto ou qualquer coisa que possa aterrorizar os seus leitores, você provavelmente já sabe que a palavra escrita pode enchê-lo de pavor, e até mesmo sobressaltar você. Esses sentimentos não estão reservados aos filmes.

Mas quanto estudo você dedicou ao modo como os seus autores de terror favoritos se empenharam para assustar você com a palavra escrita?

Filmes dependem de edição, de pistas de música, de performance, de efeitos especiais visuais e de maquiagem… todo um desfile de ferramentas cinematográficas. Mas em prosa, tudo o que nós temos com que trabalhar são palavras, e a imaginação dos nossos leitores. A boa notícia é que essas são ferramentas poderosas.

Embora você possa não ter muito controle sobre a imaginação de cada leitor, ou sobre a interpretação que ele fará de seu trabalho, as maneiras de organizar as palavras em frases e as sentenças em parágrafos podem ativar a psique dos seus leitores de formas que você pode não ter imaginado serem possíveis.

Tudo se resume à respiração

Mesmo quando lemos silenciosamente, nós tendemos a respirar acompanhando o que estamos lendo, como se estivéssemos lendo em voz alta. É impossível para nós desligarmos certas partes do nosso cérebro, e quando algo nos leva a começar a respirar de forma diferente, isso nos força a entrar em diferentes estados. Quando está num pânico cego, você tende a hiperventilar, respirando em arfadas rápidas e superficiais. Quando está nervoso ou ansioso com alguma coisa (a sensação de suspense), você tende a prender a respiração, e respirar mais devagar.

A boa notícia para os autores de terror e suspense é que esses processos também funcionam no sentido inverso. Se você puder forçar esse estado de respiração (ou, mais precisamente, uma versão menor, menos fisicamente traumática desse estado) em seus leitores, você vai provocar a resposta psicológica necessária.

Evocando suspense e ansiedade

Quando você está construindo suspense, evocando uma sensação de morte iminente ou o medo terrível do desconhecido, faça o seu leitor prender a respiração. Impeça-o de fazer sua próxima respiração por mais tempo do que o normal. E embora possa parecer impossível realizar isso com palavras em uma página, lembre-se do que eu disse sobre como nós inconscientemente respiramos como se estivéssemos lendo em voz alta, mesmo quando não estamos.

Uma das razões pelas quais as frases são finitas é que o ponto no final nos permite uma respiração. Os parágrafos nos dão uma chance de respirar mais fundo. Então, se você quiser que o seu leitor desacelere a respiração e comece a se sentir nervoso, ansioso ou com medo, mantenha suas frases longas, e seus parágrafos mais longos ainda.

Bem no início do clássico livro de Shirley Jackson, The Haunting of Hill House [N.T.: Editado no Brasil em 1983 com o título A Assombração da Casa da Colina pela Editora Francisco Alves, já esgotado] a protagonista, Eleanor, está a caminho de encontrar seus colegas investigadores paranormais em uma casa que é conhecida por ser assombrada. Embora animada por ser parte de algo potencialmente importante, e por ficar longe de sua vida monótona na cidade, Eleanor tem pavor do que vai encontrar lá, e não apenas por causa dos fantasmas, mas como resultado do que nós agora nos referimos como ansiedade social. Quanto mais perto da casa ela chega, mais ansiosa ela fica.

Jackson transmite essa ansiedade com um único parágrafo, em que Eleanor faz uma parada em uma pequena cidade ao longo do caminho e toma uma xícara de café. É uma cena inócua, mas contada num tenso POV [ponto de vista], é incrivelmente estressante. Este único parágrafo é composto por dez frases. A primeira dessas frases é a mais curta, com 28 palavras. A última é a mais longa, com 52 palavras. [N.T.: Contando as palavras do original, em inglês.]

Tente lembrar da última vez em que você leu, que dirá escreveu, uma frase que tivesse 52 palavras.

Ao final deste parágrafo monstro, Shirley Jackson deixou seus leitores com falta de ar, e ajudou a solidificar The Haunting of Hill House como um dos clássicos incontestáveis ​​do gênero.

Em outro clássico conto de casa mal-assombrada, Hell House [N.T.: Publicado no Brasil em 2009 com o título Hell House – A Casa Infernal pela Editora Novo Século, também já esgotado], o autor Richard Matheson evoca esse sentimento de pânico em uma cena de nove parágrafos, cada um com no máximo duas frases curtas. Leitores estão acostumados a fazer uma respiração completa depois de cada parágrafo, então as respirações virão rápidas e furiosas através de:

Ela parou com um sobressalto e olhou para a mesa espanhola.

O telefone estava tocando.

Não pode, ela pensou. Não tem funcionado em mais de trinta anos.

Ela não iria atender. Ela sabia quem era.

Ele continuou a tocar, os sons estridentes apunhalando os seus tímpanos, o seu cérebro.

Ela não deve atender. Ela não faria isso.

O telefone continuou tocando.

“Não”, ela disse.

Tocando. Tocando. Tocando. Tocando.

Eu sei — tecnicamente, este último parágrafo tem quatro frases, mas vamos considerar o empilhamento em staccato do “Tocando” como uma frase com respirações parciais entre cada palavra.

Em vez de um único parágrafo de dez frases, temos parágrafos de uma ou duas frases, com a frase/parágrafo mais longo contando com 14 palavras, ou precisamente metade do tamanho da frase mais curta de Shirley Jackson.

Após esta cena, há um par de parágrafos um pouco mais longos, conforme a protagonista tenta assumir o controle da situação, mas isso é rapidamente descartado por mais ataques de staccato sobre os sentidos. E, assim como The Haunting of Hill House , o sucesso contínuo de Hell House é a prova da sua eficácia.

Colocando esta técnica em prática

Essa ideia de controlar a respiração dos seus leitores não é tudo em escrita de terror, mas com alguma prática isso vai funcionar para você.

E estar ciente de quando usar melhor essa estratégia também irá evitar o uso excessivo dela; e faça a maior parte de sua prosa de forma legível, acessível e confortável — até que você queira que as coisas comecem a ficar assustadoras novamente.

Você escreve terror? Já experimentou esta técnica para controlar a respiração do seu leitor?

***

The Haunting of Hill House  Hell House  the-legend-of-hell-house-426197l

Observações da tradutora:

– O livro A Assombração da Casa da Colina, de Shirley Jackson, já está totalmente esgotado no Brasil (os dois únicos volumes disponíveis no site da Estante Virtual estão custando 110 e 120 reais, o que é um roubo). Porém, uma alma caridosa disponibilizou a obra em PDF. Já o livro Hell House – A Casa Infernal, de Richard Matheson, está custando R$ 59,90 na Estante Virtual, mas só tem uma cópia disponível. Eu não li o livro da Shirley Jackson, mas ouvi o audiobook de Hell House em inglês e o narrador conseguiu passar o suspense da obra (no caso de um audiolivro, o ritmo das frases vai depender primariamente (além da qualidade da escrita) da qualidade da direção e da narração. Alguns audiolivros que escutei tinham bons narradores, mas uma péssima direção, que claramente obrigou os leitores a acelerar a leitura (provavelmente para manter a duração total do áudio curta), o que afetou tremendamente o resultado final, pois uma leitura rápida acaba ficando superficial, deixando a desejar em entonação e ritmo (sem falar em interpretação teatral), o que empobrece a experiência de absorver a obra. Achei que a história prendeu a atenção do começo ao fim, sempre com aquela atmosfera enervante e angustiante de que as coisas podem piorar a qualquer instante. Leiam a resenha do Flávio Assunção Filho, ele resumiu bem os sentimentos que tive ao escutar esta obra. Vale a pena a leitura para quem gosta do gênero. Existe uma adaptação cinematográfica feita em 1973 chamada A Casa da Noite Eterna (The Legend of Hell House, no original), com o ótimo Roddy McDowall no elenco, mas pessoalmente eu achei o livro com mais suspense e terror (ao lermos uma obra minimamente bem escrita, as cenas que nossa imaginação cria são sempre mais vivas e impactantes do que qualquer imagem cinematográfica, por mais efeitos visuais e sonoros que tenha, por isso adaptar uma obra literária costuma ser tão complicado e gerar tantas polêmicas e ânimos exaltados dos fãs do livro).

Uma boa escrita e uma leitura aterrorizante pra você hoje! Smiley piscando Smiley de boca aberta

18 May 03:41

10 Fascinating Lost Cities of Europe

by Adrian Chirila

Lost cities have long been the subject of fascination. Places like Atlantis, El Dorado, or the Lost City Of Z have stirred all sorts of wild theories and deadly expeditions but to no avail. Others like Troy, Petra, Memphis, or Machu Pichu have since been rediscovered. When it comes to lost cities, we tend to [...]

The post 10 Fascinating Lost Cities of Europe appeared first on Toptenz.net.

18 May 03:40

10 Best Horror Movies That Premiered at Cannes, Ranked

by Jeremy Urquhart

The Cannes Film Festival is one of the biggest annual events in international cinema, showcasing films from all over the world. It began back in 1946, and has been held almost every year since. As the name implies, it's held in Cannes, France, and attracts big names and high-profile films every year, with plenty of classics having their debuts at Cannes over the years.

18 May 03:40

Ponto de Vista: Como os Escritores Podem Dominar Este Crucial Elemento da História

by valeriaolivetti

O artigo a seguir, complemento dos nossos último e penúltimo posts, foi escrito por Amanda Warner e publicado originalmente no site The Write Life:

Ponto de Vista

Depois de decidir sobre o ponto de vista do seu livro — seja primeira ou terceira pessoa, onisciente ou limitado — a parte mais difícil vem a seguir: permanecer consistente.

Sair fora do ponto de vista (POV) selecionado pode interromper abruptamente a história. Os leitores já não se conectam com o personagem principal, e eles têm dificuldade de seguir o enredo.

Evite estas falhas fatais, mantendo um ponto de vista firme.

É melhor estar atento ao POV enquanto você escreve, porque corrigir erros requer vasculhar cada cena! É possível de se fazer, só que não muito divertido. E a maioria dos agentes literários não vai querer fazer isso por você.

Aqui estão seis dicas para garantir que você mantenha um POV constante em sua história:

1. Só inclua elementos de cenário que o seu personagem-POV notaria

Quando o seu personagem-POV entra pela primeira vez em um aposento, ele não vai notar todos os detalhes — a cor das cortinas, o formato da mesa, o tipo de ladrilho no chão. Embora você deseje descrever o cenário com precisão, você tem que manter em mente o POV. Talvez tudo o que o seu personagem vai notar é o delicioso aroma de comida sendo preparada na cozinha.

Uma das implicâncias dos agentes literários é quando os escritores vão além do que é necessário ao estabelecer a cena. Seja natural ao apresentar detalhes pertinentes, ou até mesmo faça um outro personagem, que está no aposento por algum tempo, apontá-los.

2. Não deixe os personagens descreverem a si mesmos

Seu personagem provavelmente não vai perceber quais expressões faciais está fazendo enquanto outro personagem conta a fofoca do dia. E ele provavelmente não vai notar a comida em seus dentes, a menos que alguém comente sobre isso ou olhe estranho para eles. Esteja consciente de como você descreve os personagens: O que eles realmente teriam notado?

3. Não inclua nada que o seu personagem-POV não teria sabido na época

A menos que este seja uma cartomante.

Mas esta regra se aplica ao conhecimento dos fatos do seu personagem-POV, e não apenas ao dos eventos futuros. Será que ele realmente sabe a marca específica de roupa que um amigo estava vestindo? Se sim, o modo como ele sabia disso deveria estar evidente para o leitor também.

4. Certifique-se de que os julgamentos dos personagens são baseados em sinais perceptíveis ao leitor

Se um personagem acredita que outro é um mentiroso de duas caras, esse julgamento também deve estar evidente para o leitor. Todos os sinais que o personagem viu para chegar a essa decisão, o leitor deve ter visto também.

5. Não pule de cabeça para cabeça

Cada capítulo ou seção deve ser do ponto de vista de um único personagem. Quando o POV muda, certifique-se de que está óbvio na primeira frase.

6. Elimine todo "ele pensou" e "ela viu"

Estas indicações soam destoantes quando os leitores já sentem que estão nos pensamentos do personagem-POV. As pessoas não pensam usando frases como "Eu estou vendo isto" ou "Eu estou pensando nisso". Essas são frases que usamos para expressar a alguém de fora da nossa mente o que nós pensamos ou experimentamos. Ao utilizar estas frases, você bane os leitores da cabeça do seu personagem.

Uma grande bandeira vermelha de alerta aparece quando essas indicações referem-se a outros personagens, já que o seu personagem-POV não seria capaz de saber o que outro personagem estava olhando ou sobre o que estava pensando.

Os leitores querem se perder em uma história. Eles querem pensar e sentir junto com o personagem principal. Quando você conta uma história do ponto de vista de um personagem, você tem o privilégio de escrever a partir de dentro da cabeça do personagem. O mais importante é que você entre em seu personagem principal — para pensar como ele, para ver como ela — e para contar a história como se você a estivesse vivendo.

Se o ponto de vista ainda parece uma imensa habilidade para dominar, consiga ajuda de outros escritores reunindo um grupo de escrita ou mesmo contratando um editor. Quanto mais consciente do ponto de vista você esteja, mais fácil será prevenir-se de sair fora dele.

Como você pode assegurar um POV consistente em sua escrita?

***

Observações da tradutora:

– É interessante notar que diferentes gêneros literários exigem diferentes tipos de ponto de vista. Os livros infantojuvenis e para jovens adultos que estão sendo publicados atualmente (sem falar em toda essa interminável safra de romances eróticos) são quase todos escritos em primeira pessoa [Harry Potter é uma exceção], enquanto histórias de mistério e suspense pedem terceira pessoa limitada (porque se fosse onisciente o leitor já saberia quem é o assassino na primeira página). Teremos outros posts mais completos sobre o assunto no futuro.

– Os textos citados neste artigo (tipos de pontos de vista, dicas de agentes, como conseguir agentes literários, como criar personagens, como criar grupos de escrita) estão na fila para futuras traduções.

Transando no armário em Hogwarts

Boa escrita pra você! (: